14 de dezembro de 2009

Alfabetização dos analfabetos


Hoje é muito comum entrar em web sites e notar os erros bizarros do cidadão brasileiro. Navegando na Internet, observei que não somente as pessoas que não tem estudo que escrevem e falam errado. Fiquei abismado ao notar que universitários escrevem mal, envergonhando a educação no Brasil.

Não sei se culpo a cultura, os professores, ou a pessoa que comete esse desaponto à língua portuguesa.

Nós, que hoje temos orgulho de sediar a copa do mundo e as Olimpíadas, conseguimos aceitar isso e não temos coragem (ou temos excesso de "etiqueta") para corrigir essas aberrações da nossa língua.

Concordo que o certo é conseguir comunicarem-se, cada um com a sua cultura e respeitamos as diferenças. Mas é inaceitável ler textos na Internet totalmente fora do padrão da linguagem básica para uma boa escrita.

E como todos sabem, a Internet é um dos veículos que mais influenciam as novas gerações brasileiras.

Hoje, qualquer criança pode navegar e se deparar com cada absurdo, que só de pensar cai lágrimas dos meus olhos de tão assustadora e terrível que está a situação do nosso querido português.

Que país desenvolvido será o Brasil com essa alfabetização de analfabetos?!

Saber escrever, não é apenas saber escrever o nome completo.
Saber escrever é saber ler, interpretar o que o outro diz, não é só a leitura da escrita, como também a visual e corporal.

Deixo aqui o meu apelo: Desliga a alienação que a mídia traz e ao menos uma vez na vida, vai ler um livro, brasileiro.

IvanNa Serra

3 de dezembro de 2009


O homossexualismo é isso... o homossexualismo é aquilo, é muito comum ouvirmos as pessoas que tem uma visão negativa ou pouca informação sobre o assunto, tratarem o tema com termos pejorativos ou mesmo, preconceituosos.

O termo homossexualismo está sendo aos poucos retirado do vocabulário, pois o sufixo “ismo” é denotação de doença, é utilizado para referenciar posições filosóficas ou científicas sobre algo, o termo “ismo” cai pois deixou de ser doença e foi substituído por "dade" que designa modo de ser.

Como uma variante da sexualidade humana, a homossexualidade passou a ser reconhecida não mais como uma doença e sim, como uma orientação sexual que o individuo passa a ter quando se descobre se interessando por pessoas do mesmo sexo.

O vocábulo homo vem do grego "homos", o qual significa semelhante, e o vocábulo sexual vem do latim "sexu", que é relativo ou pertencente ao sexo. A junção dos dois vocábulos significa a prática sexual entre pessoas do mesmo sexo.

Hoje os homossexuais estão ganhando cada vez mais espaço na sociedade, o preconceito ainda existe, mesmo que mascarado. Mas o que realmente importa é que o seu espaço está aos poucos ganhando cores e formas, e o que contribui muito para isso é que estão cada vez mais sendo retratados nos meios de comunicação que informam e entretêm a sociedade.

A partir de 1985, o Conselho Federal de Medicina, tornou sem efeito o código 302 da Classificação Internacional de Doenças (CID), não mais considerando o homossexualismo como um desvio ou transtorno sexual.

“Os pais têm de compreender que estes são somente jeitos diferentes de amar. A orientação sexual não é uma escolha, não é uma opção, assim como ninguém escolhe ser heterossexual”, é o que diz Edith Modesto, autora de três livros sobre o assunto, mãe de um homem (de 49 anos) gay e, ainda, fundadora da Associação Brasileira de Pais e Mães de Homossexuais.

Quando o assunto é homossexualidade, todo o cuidado deve ser tomado para que sejam evitados termos pejorativos que podem afetar os homossexuais.

Stefany Bragança

19 de novembro de 2009

Colorido na Feira Pan-Amazônica do livro.


A feira Pan-amazônica do livro no mês de novembro, trouxe ao Hangar Centro de Convenções e Feiras da Amazônia em sua 13ª edição uma infinidade de títulos, entre esses títulos os livros voltados a literatura erótica e homossexual ganharam espaço nas prateleiras.
Entre inúmeras obras literárias das mais variadas classificações, gêneros e gostos, a literatura homossexual pelo primeiro ano ganhou espaço democrático na exposição da feira do livro no estande da Editora Summus.
“Nos anos anteriores em que o Grupo Summus participou da feira, os livros voltados a literatura homossexual e erótica ficavam reservados em lugares cobertos e proibidos para menores de idade, fazendo com que as pessoas se afastassem do estande”, assim declarou Igildo Lopes que é o responsável pelo estande durante a feira.
O Grupo Editorial Summus através da Edições GLS, é responsável por edições e publicações voltadas às minorias sexuais com livros educativos e informativos, conquistou neste ano de 2009 a chance de expor seus títulos sem que fossem obrigados à esconder as suas publicaçõs homossexuais.
Entre os livros mais vendidos da editora estão os romances O Terceiro Travesseiro e Apartamento 41 de Nelson Luiz de Carvalho e Era uma vez um casal diferente de Lúcia Facco.
Assuntos considerados “tabú” pela sociedade são em sua maioria mascarados através do discurso que preconceito não existe. Na questão da feira do livro, o Grupo Summus tenta através do pioneirismo na publicação dos títulos homossexuais mostrar para a sociedade em geral que o preconceito ainda será um problema se não encararmos a diversidade cultural e sexual que existe de frente, sem rótulos.
“É importante expor aqui o que o mundo está vendo lá fora, se você perceber Belém é uma das grandes capitais que tem um público muito grande de homossexuais”, é assim que Socorro Nunes conta o que acha sobre o fato do livro voltado para o público gls ter vez na feira do livro.
O estande que abriga ainda outras inúmeras obras dos mais variados gêneros textuais, trouxe colorido para a feira com o espaço dedicado à literatura homossexual e também a curiosidade de muitos leitores.
Os livros fazem com que as pessoas aprendam diversos assuntos através das mais variadas técnicas de leitura, informação e imaginação. A literatura homossexual contém tantos livros de romance como funcionamento do corpo, a descoberta da sexualidade e um dos mais procurados por pais, filhos e profissionais das áreas de saúde e comunicação, o livro Papai, mamãe, sou gay! um guia para compreender a orientação sexual dos filhos de Rinna Riesenfeld .
Entre os 178 estandes expostos no Hangar o único que continha livros voltados para o público GLS era o estande do Grupo Summus mostrando que ainda é um assunto que incomoda a muitos, mas que aos poucos e com grandes iniciativas como esta, a discriminação e o preconceito perderão vez na sociedade.
“O mais engraçado nisso tudo, se é que tem graça mesmo, é que as pessoas que ainda não ‘saíram do armário’, quando entram aqui no estande e compram nossos livros evitam mostrar a capa do livro e se tiver alguém sendo atendido no balcão esperam não haver ninguém para realizar a compra”, contou Igildo Lopes sobre a vergonha que as pessoas têm de assumirem a sua curiosidade sobre o tema.
Stefany Bragança.

30 de outubro de 2009

Perfil Ivanna, menina super-poderosa ^^



Marcamos a entrevista pelo telefone, para o dia seguinte à aula, durante um almoço em sua casa. Entre garfadas e sorrisos, Ivanna me confessou seus medos, mostrou-me uma pessoa muito diferente da que estamos adaptados e me fez ver, que nem sempre “ter tudo” significa “receber tudo”.
Choque ao perceber que aquela menina que sempre aparentava muita força, tom irônico na fala, tem no seu íntimo um doce e gentil coração, tentei não demostrar meu espanto.
Usando seu óculos com detalhe verde neon, carrega no olhar um ar sério e descontraído, cabelos sempre amarrados por uma presilha preta, traz sempre pendurado no pescoço uma proteção de sua religião, não podendo faltar a sua marca registrada, pulseirinhas pretas no braço direito. Com um sorriso singelo, me confessa seu maior medo que é a solidão e diz que “a solidão é a decadência do ser humano”.
Ivanna Duarte, é menina-mulher, carrega na sua história de vida muitas vitórias e superações. Com apenas 19 anos, já passou por momentos de tirar o fôlego e derramar lágrimas, momentos estes que nem sempre são fáceis de lembrar ou de esquecer na vida, porém, nunca perdeu o entusiasmo de viver a vida, sempre preferindo correr os riscos. Sobre seus atos, “me considero uma pessoa que sabe aproveitar a vida e quando quer faz o que tem vontade de fazer e tenho coragem”.
Nascida em Belém do Pará, no dia 04 de maio de 1990, têm no irmão mais velho a figura de herói. Como o seu pai saiu de casa muito cedo, ela via no irmão a figura paterna, “era ele quem sempre estava comigo, brincava comigo antes da minha irmã nascer, foi ele quem influenciou meu gosto musical”.
Adepta da religião messiânica, Ivanna relata que seu primeiro contato com a religião foi através de sua avó e se considera hoje, messiânica e católica. “O convívio desde pequena com a filosofia espiritual deles, minha avó era messiânica, e participava das orações, achava muito legal as pessoas rezando em japonês, então me tornei uma espécie de membro mirim da igreja”.
Estudante do curso de jornalismo, Ivanna é adepta da boa leitura e boa música. Porém me conta que seu maior sonho era mesmo fazer história na ufpa, “minha paixão é por historia, saber o que aconteceu no passado para poder explicar o que acontece no presente, vejo que o mundo hoje é reflexo do mundo no passado”.
Entre as histórias que muito lhe marcaram, lembra com carinho de um fato quando ainda era criança de seu primeiro animal de estimação. Termina nossa conversa me dizendo a frase de uma música de Andréa Martins, de quem é fã, que diz “... foi a dor que me ensinou a ser quem sou”.
Stefany Bragança.