30 de outubro de 2009

Perfil Ivanna, menina super-poderosa ^^



Marcamos a entrevista pelo telefone, para o dia seguinte à aula, durante um almoço em sua casa. Entre garfadas e sorrisos, Ivanna me confessou seus medos, mostrou-me uma pessoa muito diferente da que estamos adaptados e me fez ver, que nem sempre “ter tudo” significa “receber tudo”.
Choque ao perceber que aquela menina que sempre aparentava muita força, tom irônico na fala, tem no seu íntimo um doce e gentil coração, tentei não demostrar meu espanto.
Usando seu óculos com detalhe verde neon, carrega no olhar um ar sério e descontraído, cabelos sempre amarrados por uma presilha preta, traz sempre pendurado no pescoço uma proteção de sua religião, não podendo faltar a sua marca registrada, pulseirinhas pretas no braço direito. Com um sorriso singelo, me confessa seu maior medo que é a solidão e diz que “a solidão é a decadência do ser humano”.
Ivanna Duarte, é menina-mulher, carrega na sua história de vida muitas vitórias e superações. Com apenas 19 anos, já passou por momentos de tirar o fôlego e derramar lágrimas, momentos estes que nem sempre são fáceis de lembrar ou de esquecer na vida, porém, nunca perdeu o entusiasmo de viver a vida, sempre preferindo correr os riscos. Sobre seus atos, “me considero uma pessoa que sabe aproveitar a vida e quando quer faz o que tem vontade de fazer e tenho coragem”.
Nascida em Belém do Pará, no dia 04 de maio de 1990, têm no irmão mais velho a figura de herói. Como o seu pai saiu de casa muito cedo, ela via no irmão a figura paterna, “era ele quem sempre estava comigo, brincava comigo antes da minha irmã nascer, foi ele quem influenciou meu gosto musical”.
Adepta da religião messiânica, Ivanna relata que seu primeiro contato com a religião foi através de sua avó e se considera hoje, messiânica e católica. “O convívio desde pequena com a filosofia espiritual deles, minha avó era messiânica, e participava das orações, achava muito legal as pessoas rezando em japonês, então me tornei uma espécie de membro mirim da igreja”.
Estudante do curso de jornalismo, Ivanna é adepta da boa leitura e boa música. Porém me conta que seu maior sonho era mesmo fazer história na ufpa, “minha paixão é por historia, saber o que aconteceu no passado para poder explicar o que acontece no presente, vejo que o mundo hoje é reflexo do mundo no passado”.
Entre as histórias que muito lhe marcaram, lembra com carinho de um fato quando ainda era criança de seu primeiro animal de estimação. Termina nossa conversa me dizendo a frase de uma música de Andréa Martins, de quem é fã, que diz “... foi a dor que me ensinou a ser quem sou”.
Stefany Bragança.

26 de outubro de 2009

A tradição que encanta a nova geração


A tradição que encanta a nova geração

A tradicional Feira do Miriti, que acontece durante o período do Círio de Nazaré no mês de outubro, tráz para Belém os artesãos de Abaetetuba que expõem na Praça Waldemar Henrique os seus produtos fabricados a partir do Miriti. Os brinquedos e outros artigos derivados deste produto, encantam à todos os visitantes que vão das crianças aos adultos.
Entre os visitantes que passeiam pela Praça Waldemar Henrique, estão as pessoas que mais se importam em não deixar a tradição do brinquedo sumir, as avós. São elas em grande maioria que visitam os estandes que abrigaram a feira, sempre à procura de um atrativo de Miriti para darem aos seus netos.
As avós com toda afeição e dedicação aos netos, não querem deixar essa tradição de presentear e apresentar o brinquedo para a garotada que se encanta com tanta riqueza de detalhes, cores, formas e leveza. As crianças estão crescendo em um mundo onde brinquedos eletrônicos são a grande sensação, com as novas tecnologias do mundo moderno os brinquedos “naturais” ou artesanais acabam perdendo espaço nas brincadeiras.

A voz das avós
“A Feira é uma oportunidade de aproximar a cultura e a tradição da região com as crianças que nem sempre têm contato suficiente com o brinquedo de miriti”, afirma Inês Chaves, que trouxe este ano pela primeira vez, as netas para que pudessem escolher seus próprios brinquedos.
Maria de Nazaré mostra com orgulho os brinquedos que comprou para as netas que moram no Canadá. “É muito estimulador eu poder passar para elas a importância dos brinquedos para o Círio e para a cultura do nosso povo, são peças que encantam à todos, devido o colorido e o movimento que possuem”, comenta Maria.
“Faço questão de mandar para meus netos os brinquedos de miriti, quero que eles conheçam e apreciem quão rica é a cultura do meu Estado.” Ana Tércia que tem três netos que moram no EUA, manda por amigos as encomendas paras os meninos que sempre se encantam com os presentes que a avó manda.
Como tudo que é tradicional, a Feira traz para mais perto das futuras gerações, brinquedos e outros objetos provenientes do meio ambiente. As avós trazem os netos para mais perto do meio ambiente e das brincadeiras que nos transformam em pessoas harmônicas e encantadas com tudo aquilo que foge aos padrões do mundo moderno, atual.

Stefany Bragança

17 de outubro de 2009

Fascinação


Eis que me fascino todas as vezes que vejo o seu retrato..
Eis que me fascino todas as vezes que me vejo no seu olhar, que vejo você dormir com a boca aberta. Fascino-me ao pensar que irei te ver em pouco tempo!
Ao te olhar e perceber que adoro a sua voz mansa falando coisas de amor ao meu ouvido, que o meu amor é todo teu e que o teu amor, você entregou para eu cuidar! Cuido sim! Cuido com amor, com carinho.. com fascinação! Percebo que eu já não sou mais ninguém sem você perto de mim, presente nos meus dias e nas minhas noites, durante meus sonhos!
Já diz o dicionário que fascinação é o encantamento, deslumbramento. É o que sinto ao te ver, te tocar.. poder te amar.
O nosso amor é baseado em inúmeras conversas, das quais sempre crescemos e aprendemos a respeitar e entender os defeitos uns dos outros.
Fascinação é pouco, mas é fundamental para que eu acorde todos os dias e agradeça à Deus por ter enviado você para cruzar o meu caminho, assim tomar para si o meu amor e permitir que eu pudesse fazer parte da tua vida.
Para amar é preciso ter coragem, coragem pra assumir um amor que nem sempre é permitido, que nem sempre pode ser possível... Coragem para amar alguém que nem sabe que você existe. A coragem é tão fundamental quanto a fascinação, pois é ela quem permite que o teu fascínio possa ser assumido e partilhado com o teu amor.
Amo o seu jeito de andar, de como muda a voz quando canta pra mim, de como faz carinha *-* pra dizer que me ama. Amo estar ao seu lado, poder sentir teu cheiro, teu toque e o teu abraço. Você todos os dias me conquista mais, faz com que eu sinta um amor tão puro e lindo como jamais pude sentir.. compartilhar com você toda a satisfação e alegria que eu sinto quando posso tocar teus lábios.
Ah os teus lábios, me fazem delirar, me fazem sentir o coração pulsar mais e mais forte, sinto tamanha euforia que não posso controlar meu sorriso bobo.
Eu te amo tanto, mas tanto que até o "te amo" fica tão comum pra expressar o sentimento que invade e inunda o meu ser, só em pensar que vou te ver logo.
Inspiração dos meus sonhos... eu passo os dias que não te vejo a imaginar uma maneira de poder ir a sua casa apenas para te ter por um segundo perto de mim! Para que sintas o meu coração bater forte, chamando teu nome!
Você me ganhou.. e todos os dias eu penso que ir até aquela festa foi, sem dúvidas, a melhor coisa que eu já fiz na minha vida!

13 de outubro de 2009


O cheiro que vem de cá
No maior mercado a céu aberto da América latina, que fica localizado em Belém do Pará, o famoso Ver-o-Peso com sua riqueza de cores, cheiros e sabores, as barraquinhas de ervas são um atrativo especial. Com essências e medicamentos naturais, entre as barracas das “cheirosinhas”, como são conhecidas as mulheres que comercializam produtos ali, encontramos uma figura digna de ser procurada neste vasto mundo que habita o mercado.
Na barraca de Dona Coló, como é conhecida Clotilde de Souza, uma das vendedoras mais antigas e conhecidas nesta parte do mercado.
O protagonista de boas histórias também, é seu filho Júnior, conhecido por Dom Júnior, 28. Hoje ele quem toma conta da barraca que leva o nome de sua mãe, sempre que ela está muito cansada é ele quem toma as rédeas dos negócios e não deixa nada a (Dona Coló) desejar.
Ao desembarcar em Belém, a visita ao mercado vai fazer sentir-se realmente em nossa cidade. Com cheiros característicos da região norte, Júnior explica que todos os produtos são feitos por ele, com produtos todos da região e com uma simplicidade que encanta até a quem não pretende comprar nenhum produto.
Os medicamentos e essências vendidos por ele e por sua família, são marcados pela tradição no preparo e na produção dos frascos que levam o nome dele e de sua mãe.
Conta com orgulho sua trajetória no preparo das ervas e nos diz que se orgulha de levar o nome do Pará para todo o mundo, pois são mundialmente famosos seus produtos, já que entre seus fregueses estão também os estrangeiros e os brasileiros em geral.
Uma figura ímpar neste grande emanharado de informações, pessoas e cheiros, Dom Júnior chama a atenção pelo orgulho de ser filho de quem é. Com carinho mostra fotos e matérias de jornais que trouxeram sua mãe como personagem no mercado de ervas do Ver-o-Peso.
Para quem quer conhecer um pouco da história do mercado, dos produtos ali comercializados, que trazem junto à sua tradição uma pitada de misticismo e muito de cultura popular, deve ter parada obrigatória neste centro de mistura de todos os gêneros.
Dom Júnior, como gosta de ser chamado, mostra um vasto conhecimento de ervas e medicamentos naturais para as mais diversas enfermidades. Dentre os medicamentos que produz, ele nos conta que aprendeu tudo com sua mãe, que como uma tradição que passa de pais para filhos ele aprendeu a manipular e produzir as garrafadas e pomadas que dispõem sua barraca.
Os cheiros que exalam de todo complexo do Ver-o-Peso é muito característico daquela parte da cidade de Belém. Ao chegar lá você sabe que chegou por conta de todos os cheiros provenientes daquele lugar.
Ao demonstrar seus produtos, ele sempre com um sorriso no rosto, faz questão de que o freguês sinta a fragância de todos os cheirinhos que vende por lá. Passa os perfumes, para que você sinta e assim vivencie a experiência de sua visita através de uma viagem pelo olfato.
O Ver-o-Peso é frequentado por todos os moradores da cidade e pelos turistas que aqui vem à procura de novas experiências fazem uma outra viagem através dos sentidos próprios do ser humano, sejam com a visão, uma vez que é rico de cores e informações, através do paladar com suas comidas típicas da região e também através do olfato, este que é indispensável para poder se sentir a essência do mercado.

(Foto de Drika Bourquim)